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3.2  Reformas Institucionais
                                Depois da transformação da organização regional, de Conferência de Coordenação em
                                Comunidade, em 1992, tornou-se necessário rever os mecanismos institucionais e as estruturas
                                da SADC. A decisão de reformar os mecanismos institucionais foi tomada em 1998, quando
                                a Cimeira concordou em definir directrizes de política para facilitar a conclusão rápida da
                                transformação  numa  Comunidade  de  desenvolvimento  dinâmica,  através  da  Revisão  e
                                Racionalização do Programa de Acção da SADC. Observou-se que os mecanismos e as
                                estruturas institucionais utilizados desde a formação da organização, em 1980, apresentavam
                                uma série de desafios e deficiências, incluindo:
                                  ● Linhas de autoridade e responsabilização pouco claras, resultando em má comunicação,
                                     coordenação e desempenho, bem como duplicação de esforços e recursos entre os
                                     principais  actores  nas  estruturas  descentralizadas  como  as  SCUs,  Comissões,
                                     Secretariado, Pontos de Contato Sectoriais e Pontos de Contato Nacionais;
                                  ● Disparidades e provisão frequentemente inadequada de recursos e pessoal pelos Estados
                                     Membros, levando a uma distribuição desigual de responsabilidades e obrigações;
                                  ● Diferenças nos procedimentos e regras de gestão e administrativos, diversidade de
                                     padrões, qualificações e critérios de desempenho para o pessoal envolvido na gestão de
                                     programas regionais;
                                  ● Proliferação de reuniões e aumento dos custos associados devido ao rápido aumento de
                                     setores e, portanto, de uma infinidade de prioridades e actividades apesar dos limitados
                                     recursos disponíveis; e
                                  ● Incapacidade  do  Secretariado  de  executar  o  seu  mandato  previsto  no  Tratado,
                                     especialmente o de realizar o planeamento e a gestão estratégica.
        86                           Foi, portanto, acordado durante uma Cimeira Extraordinária realizada em Windhoek,
                                na Namíbia, em Março de 2001, o desencadeamento de reformas institucionais, levando em
                                consideração a questão da propriedade, a necessidade de participação das partes interessadas,
                                a sustentabilidade financeira e a eficácia de custos, e o equilíbrio entre a eficiência e a eficácia.
                                A Cimeira de 2001 adoptou o Relatório sobre a Revisão das Operações das Instituições da
                                SADC, incluindo o Órgão de Política, Defesa e Segurança, e concordou em alterar o Tratado
                                da SADC em conformidade.
                                     Os Estados Membros sublinharam que esta transformação devia ser gradual e gerida
                                de forma adequada. Eles enfatizaram que o realinhamento das instituições da SADC devia
                                ser consistente com a Agenda Comum e as prioridades estratégicas para se enfrentar os desafios
                                e explorar as oportunidades do século XXI. A Agenda Comum adoptada na mesma Cimeira
                                priorizou a promoção do crescimento económico sustentável e equitativo e do desenvolvimento
                                socioeconómico; a promoção de valores políticos comuns; e a consolidação e manutenção da
                                democracia, paz e segurança.
                                     As reformas institucionais que ganharam efeito legal através da Emenda do Tratado
                                (2001) resultaram em nove instituições e órgãos principais:
                                  ✦ Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo;
                                  ✦ Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança;
                                  ✦ Troika;
                                  ✦ Conselho de Ministros;
                                  ✦ Comité Integrado de Ministros;
                                  ✦ Comité Permanente de Altos Funcionários;
                                  ✦ Comissões Nacionais da SADC;
                                  ✦ Tribunal; e
                                  ✦ Secretariado.
                                           As reformas viram a introdução de novas estruturas institucionais, nomeadamente a
                                Troika, o Comité Integrado de Ministros, as Comissões Nacionais da SADC e o Tribunal,
                                enquanto as Comissões e as Unidades de Coordenação Sectorial foram eliminadas, e as
                                questões pendentes sobre o Órgão da SADC sobre Política, Defesa e Segurança foram
                                finalizadas.
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