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Lançada a primeira fase da Zona de Comércio Livre da SADC
A primeira fase da Zona de Comércio Livre (ZCL) da SADC foi lançada a 1 de Setembro de
2000, na sequência da ratificação do Protocolo Comercial por dois terços dos Estados Membros,
e entrou em vigor a 25 de Janeiro de 2000. Prevê-se que aumente o comércio intra-regional,
através da remoção de restrições que bloqueiam a entrada ou aumentam o custo de fazer negócios
na região. No entanto, o processo possui várias etapas. As negociações entre os Estados Membros
incidiram sobre cronogramas de redução tarifária, regras de origem, eliminação de barreiras não
tarifárias, documentação alfandegária e comercial e procedimentos de desembaraço, acordo
especial sobre açúcar e mecanismos de resolução de litígios. O processo de implementação já
havia arrancado, para uma redução gradual das tarifas e eliminação das barreiras não tarifárias,
e esperava-se que levasse oito anos para ser concluído.
Estado do Meio Ambiente na Bacia do Zambeze 2000
A primeira avaliação de um único ecossistema na região foi publicada pela SADC e os
parceiros em 2000, numa ruptura com a abordagem tradicional de focar nos recursos naturais
ou sectores dentro das fronteiras nacionais. O relatório inovou ao apresentar dados sobre os
recursos naturais partilhados e os processos humanos e ecológicos complexos na bacia do rio
mais partilhado da SADC, e foi produzido em parceria com o Programa Ambiental das
Nações Unidas, o Centro Musokotwane de Recursos Ambientais para a África Austral do
SARDC, a Autoridade do Rio Zambeze e a UICN – União Mundial para a Conservação da
Natureza. O Estado do Ambiente na Bacia do Zambeze 2000 foi publicado em duas línguas, com
um Prefácio do Presidente da SADC, Presidente Joaquim Alberto Chissano, de Moçambique.
44 Cultura e mídia na construção da comunidade
Um relatório sobre o papel estratégico da cultura na integração regional, preparado pelo
Sector da Cultura, Informação e Desporto da SADC, para uma conferência interministerial
em Novembro de 2000, apresentou propostas sobre como aproveitar a cultura para o
crescimento económico, através do reconhecimento do sector da cultura como um negócio
viável, forjando fortes vínculos com o sector privado e desenvolvendo mercados regionais para
os produtos de arte e culturais. O relatório aconselha a ancoragem desta iniciativa em festivais
regionais, como os realizados em vários Estados Membros para a música, dança, teatro, arte
e artesanato, e apela à criação de mecanismos institucionais para estabelecer a indústria
cultural como uma indústria empresarial capaz de empregar jovens e gerar rendimentos.
As Agências Nacionais de Notícias dos Estados Membros da SADC estabeleceram a
Rede de Agências Noticiosas da África Austral (SANAPOOL), em Março de 2001, através da
qual trocariam notícias que também poderiam ser recolhidas e vendidas a outros utilizadores,
através de um centro regional, acolhido pela Agência de Informação de Moçambique,
promovido pelo Sector de Cultura, Informação e Desporto da SADC e destinado a operar
numa base comercial, incorporando notícias do Secretariado da SADC e da Associação de
Radiodifusão da África Austral (SABA), entre outros.