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Caixa 1.5
                         Estados da Linha da Frente ­ Missão Cumprida


                         O Comité de Libertação foi oficialmente encerrado em Agosto de 1994,
                         depois de a África do Sul realizar as suas eleições democráticas, e isso
                         efectivamente encerrou o trabalho dos Estados da Linha da Frente (ELF),
                         embora o seu estilo e metodologia de resposta activa e rápida para manter
                         a paz e a dignidade humana tenham sido incorporados no estabelecimento
                         do Órgão da SADC de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança.
                                      A ideia dos Estados da Linha da Frente surgiu da cooperação mútua
                         entre a Tanzânia, que conquistou a independência em 1961, a Zâmbia
                         (1964) e o Botswana (1966) no apoio à independência dos outros países
                         da região e ao fim do apartheid na África do Sul. Moçambique e Angola
                         lutaram  e  conquistaram  a  independência  em  1975  e  juntaram­se  aos
                         Estados da Linha da Frente para apoiar o Zimbabwe (1980) e a Namíbia
                         (1990), bem como a África do Sul (1994), para completar a independência
                         política da região.
                                      Os ELF prestaram apoio através de rotas de refúgio, treinamento
                         e trânsito, bem como assistência material e diplomática. Estes ELF continuaram a existir e a operar informalmente como
                         mecanismo de resposta rápida após a formação da SADCC em 1980.
                                      Os líderes da África independente, que formaram a Organização da Unidade da África (OUA) a 25 de Maio de
                         1963, estabeleceram no mesmo dia um Comité de Coordenação com a responsabilidade de "harmonizar a assistência
                         e gerir o Fundo Especial a ser criado para esse fim", com sede em Dar es Salaam.
                                      A Resolução sobre a Dissolução do Comité de Libertação da OUA expressou o “profundo agradecimento ao
                         Governo e ao povo da República Unida da Tanzânia, aos Estados da Linha da Frente e a todos os outros países por
                         fornecerem bases de retaguarda confiáveis como a sede do Secretariado Executivo e dos seus Escritórios Subregionais
                         bem como pelo seu apoio eficaz e multifacetado aos Movimentos de Libertação Africanos.”
        24                            O Comité de Libertação foi dirigido durante 22 anos, de 1972 a 1994, pelo falecido Brigadeiro­General Hashim
                         Mbita, na qualidade de Secretário Executivo, nomeado pelo Presidente Nyerere pela sua dedicação apaixonada e
                         honestidade, e pela sua ampla gama de conhecimentos e habilidades. O seu nome era conhecido pelos combatentes
                         pela liberdade em todo o continente africano e ele dedicou o seu relatório final a eles, como Missão Cumprida.
                                      “Esta publicação, intitulada Missão Cumprida, é uma colecção de declarações históricas e mensagens de
                         solidariedade que foram recebidas em Arusha. Espera­se que, com esta compilação, bem como com os esforços
                         registados por académicos, pesquisadores e instituições, a história da luta de libertação em África seja preservada para
                         as gerações futuras.
                                      “É dedicado à bravura dos combatentes pela liberdade da África, especialmente à memória daqueles que não
                         viveram para ver o alvorecer desta era em África. Esta é uma homenagem à sua coragem, uma saudação aos heróis e
                         heroínas da Libertação Africana…”
                                      Falando alguns anos depois num simpósio para marcar o Dia de África, o Embaixador Mbita exortou os jovens
                         da nova geração a serem firmes na luta pelo desenvolvimento económico e social no continente. Ele repetiu uma frase
                         favorita do Mwalimu Nyerere quando disse: "Isso pode ser feito, faça a sua parte."
















                                                                                                          Caixa 1.6
                                       Projecto Hashim Mbita da SADC ­ Lutas de Libertação da África Austral

                                       Para escrever a história da luta de libertação na África Austral, foi o próprio Brigadeiro­General Hashim Mbita (na
                                       reserva) quem assumiu a tarefa, usando as suas habilidades de persuasão para arrecadar fundos e o seu entusiasmo
                                       inspirador para realizar o trabalho, mobilizando a equipa que recolheu histórias nos Estados Membros da SADC. Ele
                                       serviu como Patrono activo do Projecto de História da SADC. O projecto resultou na publicação de nove volumes
     Brigadeiro General Hashim Mbita (na resrerva) à  que contêm uma narrativa e histórias contadas pelos povos da região e os seus movimentos de libertação, sobre o
     esquerda, com o Dr. Kenneth David Kaunda, da Zâmbia,  seu papel e o dos Estados da Linha da Frente e o apoio de várias organizações e países dentro e fora de África.
     ambos recipientes da Medalha Seretse Khama da SADC.
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